sexta-feira, 24 de julho de 2009

Cartas entre amigos



Terminei hj de ler este livro tão abençoado.
Indico a todos.
Possui uma linguagem inteligente e fala sobre medos contemporâneos.
Medos que todos nós em algum momento da vida nos deparamos: medo da solidão, medo do fracasso, medo de perder, medo de se conhecer.....
São dois grandes escritores e poetas inspirados pelo Espírito Santo. São pessoas que com sua cultura e inteligência, nos levam através de suas palavras, a refletir de forma extremamente inteligente nosso jeito de ver o mundo e de viver.
Mais uma vez pude perceber o quão frágil é o ser humano e o quanto se faz importante essa "abertura" para o auto conhecimentoNão basta só conhecer a si mesmo,mas estar disposto a mudar. Estar disposto a abrir os cáceres que nós mesmos nos sujeitamos ficar e resgatar dali o que presta e o que não presta.
Ao que presta, segue o trabalho de reestruturar, dar novo sentido, colocar no lugar correto.
E o que não presta, jogar fora, diminuir o peso da bagagem que carregamos.
O livro todo é repleto de passagens profundas, mas escolhi algumas que mais me identifiquei.
São passagens que refletem o que sinto, como se fosse eu a falar...


" Não quero deixar que me tranquem em convenções e que exijam de mim o que eu não quero ou não posso dar. Quero ser assim, precário na minha humanidade, mas pleno na crença de que não vim a este mundo por acaso e que não paro por aqui. Pleno na convicção de que são as pontes, não os muros, que nos ajudam a encontrar a beleza na diferença e no amor. viva a diferença amigo. É nela que nos encantamos ainda mais com a criatividade do Artista Maior. É em sua direção que partimos em busca de significados. É preciso buscar sempre porque sempre haverá algo a ser encontrado."página 226


"Esperança, padre, é o que persigo na vida, ciente de que fracasso muito na compreensão do outro e na minha própria. cobro de mim o que não consigo dar e espero que o outro me conceda o que já tenho. teimo em requisitar explicações para dias sombrios em vez de aguardar um pouco as nuvens partirem. Sofro qdo não consigo entranhar o que sei, o que ensino. Digo coisas bonitas sobre o amor porque li ou aprendi, ou percebi, e por isso sofro qdo escondo em mim o amor sem ter a coragem de vencer o medo que me impede de amar. O medo não consciente que faz com que eu seja rude, tosco. Luto pela gentileza para ser coerente com a minha pregação e falho qdo estou cansado.
Tenho medo do cansaço, amigo. Do cansaço da cobrança virulenta, minha e dos outros; do cansaço físico que faz com que eu brigue com o tempo que não espera o tempo necessário para que eu atenda a quem necessita. É uma briga valente extatamente porque acredito na missão. Na missão que vence o medo porque tem uma causa." Página 222 e 223

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